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Em reunião de emergência com deputados e senadores nesta noite (11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o crescimento econômico pode ser de apenas 1,4% com os efeitos do coronavírus. A estimativa é menor do que a divulgada pelos técnicos na manhã de hoje.
A equipe econômica reduziu hoje a projeção de PIB de 2,4% para 2,1%. No pior cenário apresentado pelos técnicos, o PIB (Produto Interno Bruto) seria de 1,8%. Entretanto, a retração pode ser maior nas contas de Guedes.
O ministro afirmou que é preciso união entre o governo e o Congresso para aprovar as reformas e impulsionar o crescimento econômico.
“A solução é política. Se conturbarmos o ambiente político e o Congresso aprovar despesas que não queremos, derruba o teto de gastos, vamos parar na Lei de Responsabilidade Fiscal. Onde vamos parar? Nós queremos um processo de confronto político ou hoje temos que estar juntos para dar uma solução para a população brasileira?”, disse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por sua vez, questionou Guedes sobre os impactos do coronavírus no curto prazo.
O ministro disse que o reflexo dependerá da dimensão da epidemia e que agora não é possível identificar quais setores terão o maior impacto. Ele citou exemplos como as empresas de aviação e a possibilidade de férias coletivas em empresas e indústrias.
“Do ponto de vista de impacto sobre transporte internacional já é um fato, turismo a mesma coisa. São dois setores que vão ser atingidos”, disse Guedes.
Durante a reunião foram apresentadas diferentes sugestões para enfrentar a crise econômica e do coronavírus. Ao UOL, parlamentares relataram as discussões sobre verbas e devolução de emendas e incômodo com a falta de ações efetivas do governo.
O líder da minoria do Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), propôs uma nova divisão dos R$ 15 bilhões em emendas de relator — disputa que abriu uma crise entre governo e Congresso.
“De imediato, R$ 5 bilhões. Mas cresce a possibilidade de devolução dos R$ 15 bilhões”, disse. Ele lidera um grupo de senadores contrários às emendas e defende a devolução integral do valor ao governo.
Já o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), propôs ao ministro uma brecha no teto de gastos (que limita os gastos públicos com base no orçamento do ano anterior).
O deputado que elaborou o orçamento setorial de Saúde deste ano, Hildo Rocha (MDB-MA), criticou o despreparo da equipe econômica.
“A reunião foi mais para o governo falar que só tem diagnóstico do que está acontecendo. Ação mesmo não tem. Questionamos, mas não deram ações práticas para ajudar a indústria brasileira. Nem os bancos públicos para dar crédito aos empresários”, afirmou.
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