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Neste domingo (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher, e o Globo Rural foi acompanhar uma atividade que antes era quase exclusiva dos homens, mas que agora tem grande participação feminina: a cavalgada.
Ao longo da história humana, depois da caminhada, cavalgar talvez seja o meio mais antigo de aproximar as pessoas. O cavalo nos ajuda na arte de promover o encontro e de fazer amizades.
Douglas Cássio Alves é presidente da Cavalaria de São Benedito, um evento que juntou mais de 2.500 cavaleiros, atraindo multidões pelo sul de Minas Gerais. O movimento para devotar o santo começou em 1727.
Nessa tradição com quase 300 anos de história, havia uma proibição: mulher não podia participar. Mas, entre os devotos do cavalo, ou, melhor dizendo, entre as devotas do cavalo, uma coisa diferente está acontecendo. E, quem sabe, surgindo até uma nova tradição.
É o caso da “Cavalgada das Patroas”, de São Lourenço, no sul de Minas Gerais, que acontece anualmente e reuniu em sua última edição mais de 180 cavaleiras percorrendo a Serra da Mantiqueira. Uma cena impensável anos atrás.
Foram 28 quilômetros entre São Lourenço e São Sebastião do Verde. Na estrada, a zootecnista Daniele Nunes Paiva ou, para os conhecidos, “Dani Boiadeira”, é uma das idealizadoras da cavalgada. Ela explica que herdou o gosto pelo cavalo do avô, que era negociantes de animais.
Com a ideia na cabeça, o passo seguinte de Daniele era mobilizar outras mulheres para a jornada. As redes sociais ajudaram a conectar as interessadas e a encontrar patrocinadores. O negócio cresceu e se transformou em um empreendimento anual.
Após a primeira pausa na jornada, foi momento para conhecer quem são algumas das mulheres que estão na Cavalgada das Patroas.
Solange Lajunza mora em Parelheiros, extremo sul da cidade de São Paulo, a 450 quilômetros de São Lourenço. Diretora de escola aposentada, ela vive com e para os animais – 3 burros e 2 cavalos.
A veterinária Priscila Gomes Carvalho é outra participante. Ela tem uma loja de produtos para animais, atende a domicílio, e é a responsável pelo escore corporal da tropa que está aqui.
No fim da jornada, muita música para animar. A dupla Lu & Marcinha brindam a noite com duetos sentimentais.
“É emocionante demais, é igual uma amiga minha fala: ‘o pelo do braço serve pra ser arrepiado’ e é uma coisa que o coração treme, ver todo mundo reunida, ver aquela fila que cobre a rua toda a cavalo, é um amor que se resume a um destino”, diz Diana Maciel Carvalho, uma das participantes.
Esses grupos de cavaleiras estão se multiplicando Brasil afora, como a Cavalgada de Mulheres em Cariacica, no Espírito Santo, a Amélia Rodrigues, na Bahia, entre outras.
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