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SÃO PAULO – A Caixa pode executar uma dívida de mais de R$ 500 milhões com o Sport Club Corinthians Paulista, que tem como garantia o estádio do Itaquerão, na zona leste de São Paulo.
Segundo nota emitida pelo Corinthians, desde o começo do ano o clube vinha renegociando com a Caixa um reperfilamento do financiamento da arena. O clube diz que “foi surpreendido por uma notificação extrajudicial alegando que diversos procedimentos prescritos pelo atual contrato não estariam sendo cumpridos”.
O Corinthians diz que desde o ano passado negociou um acordo preliminar com a Caixa, mas que esse processo ficou suspenso em função da troca de comando na instituição quando o governo do presidente Jair Bolsonaro tomou posse. “Desde então, os compromissos vinham sendo honrados, como se os termos do acordo preliminar estivessem vigendo”.
“Como não houve interrupção do diálogo e tudo caminhava para um acordo mutuamente vantajoso, não há como compreender o gesto intempestivo, que sequer foi previamente comunicado à agremiação”, diz o Corinthians. “Se a CEF escolheu trocar a rota da negociação pela do confronto, não cabe ao clube outro recurso senão defender na Justiça seus direitos”, acrescenta.
Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de “O Globo”, a 24ª Vara Cível Federal de São Paulo deu três dias para o Corinthians pagar a dívida de R$ 536 milhões que tem com a Caixa. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, confirmou a informação à coluna.
Quando a Odebrecht entrou com pedido de recuperação judicial, em junho, o Valor revelou que o grupo tentava uma negociação privada com os bancos nacionais para uma recuperação extrajudicial, mas tornou-se alvo de execuções por parte da Caixa. Uma das cobranças, referente à construção da Arena Corinthians, chegou às últimas consequências com a citação da Odebrecht pela Justiça.
Em depoimento para a força-tarefa da Lava Jato, em 2017, Marcelo Odebrecht disse que o processo de entrada da empresa no projeto da Arena Corinthians se deu por um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao seu pai, Emílio Odebrecht. De início, o combinado seria que o financiamento seria arcado pelo BNDES, mas o repassador seria a Caixa.
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