Percepção de risco do Brasil dispara 45% em 2020 | Blog do João Borges

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A incerteza global com o novo coronavírus e entraves internos que travam um crescimento mais expressivo da economia brasileira levaram a percepção de risco que os investidores estrangeiros têm do Brasil a disparar em 2020.

Desde janeiro, o risco-país do Brasil medido pelo CDS (Credit Default Swap) subiu cerca de 45%. Os dados foram compilados pelo economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.

Percepção do risco-país em 2020 — Foto: Silvio Campos Neto/ Tendencias ConsultoriaPercepção do risco-país em 2020 — Foto: Silvio Campos Neto/ Tendencias Consultoria

Percepção do risco-país em 2020 — Foto: Silvio Campos Neto/ Tendencias Consultoria

O CDS é uma espécie de seguro contra calote e indica a percepção de risco que se tem de um país. Assim, quanto mais alto é o CDS, mais arriscado o país é considerado pelos investidores.

No ano passado, o risco-país vinha oscilando em torno da mínima desde 2013, quando o Brasil ainda ostentava o chamado grau de investimento – uma espécie de selo de bom pagador atribuído por agências de classificação de risco.

O CDS superou os 280 pontos em meados de 2018 – depois da greve dos caminhoneiros e já em meio às incertezas da corrida eleitoral –, veio recuando sobretudo com o encaminhamento e depois aprovação da reforma da Previdência, em 2019. À época, o cenário internacional também contribuía, com perspectivas de queda de juros nos Estados Unidos e na Europa.

Assim, o Brasil começou o ano com o CDS na casa dos 100 pontos – mas viu essa pontuação disparar de lá pra cá. Bateu 144 pontos – 48,3 pontos a mais do que a média dos países da América Latina.

Das pressões externas, predomina a incerteza com o avanço do novo coronavírus, que tem chacoalhado o mercado financeiro.

O dólar já subiu mais de 15% no ano e opera na casa dos R$ 4,60, mesmo com várias intervenções do Banco Central; e a Bolsa também recuou mais de 15%, com saída de quase R$ 45 bilhões de recursos estrangeiros – mais do que a fuga total de 2019, era era a recorde da série histórica iniciada em 2004 pela B3.

Do lado interno, analistas destacam o avanço lento de outras reformas estruturais, como a tributária – impasses esses agravados com sucessivos embates recentes entre o Executivo e o Congresso. As previsões para o PIB de 2020 também começam a recuar, após o resultado de 2019 já ter vindo frustrante, o menor em 3 anos.

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