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O saldo de crédito permaneceu estável em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Banco Central na manhã desta sexta-feira (27). O estoque total de empréstimos totalizou R$ 3,5 trilhões, variação de apenas 0,6%. Nos próximos meses, com o agravamento da crise da Covid-19 na economia brasileira, a expectativa é de retração.
Na quinta-feira (26), a autoridade monetária revisou a projeção do crescimento da carteira de crédito para 4,8%, 3,3 pontos percentuais a menos que a estimativa anterior.
“As estatísticas divulgadas hoje se referem ao mês de fevereiro e, portanto, ainda não há impactos mais expressivos da crise do coronavírus”, ressalta o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha.
Em 12 meses, o saldo total de crédito aumentou 7,5%. As concessões de novos financiamentos somaram R$ 307 bilhões no mês, queda de 4,8%. De acordo com o BC, a redução se deve ao número reduzido de dias úteis em fevereiro.
Com ajuste sazonal, com a equalização dos dias úteis, houve aumento de 2,1%, puxado pelos novos empréstimos às empresas, que cresceram 2,6%. Para as famílias, no entanto, houve queda de 0,2%.
A média dos juros cobrados em fevereiro ficou em 23% ao ano, leve queda de 0,1 ponto percentual em relação a janeiro e redução de 1,7 ponto percentual em 12 meses. Desde dezembro de 2017, a taxa Selic renova as mínimas históricas. Ainda assim, o spread continua em patamares elevados e o ficou em 18,5 pontos percentuais.
O spread é a diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar recursos e a taxa cobrada em empréstimos.
Para pessoas físicas, os juros do cheque especial tiveram queda de 11 pontos percentuais em fevereiro e ficaram em 130% ao ano, ou 7,2% ao mês. A redução é efeito da medida do BC, em vigor desde 6 de janeiro, que limita a taxa a 8% ao mês na modalidade.
“Não há tabelamento de juros no cheque especial, mas uma limitação de taxa. Dessa forma, as instituições podem fixar seus juros abaixo do limite máximo”, explica Rocha.
O rotativo do cartão de crédito, no entanto, aumentou 5,9 p.p. em fevereiro e ficou em 322,6% ao ano, apesar dos esforços da autoridade monetária para baixar o custo da modalidade. Em junho de 2018, o BC divulgou novas regras, como a permanência limitada a 30 dias na modalidade. No primeiro momento, as taxas caíram pela metade, mas voltaram a subir a partir de novembro do mesmo ano.
Agora, o rotativo do cartão de crédito alcançou os níveis anteriores à medida. “No mês, a elevação dessa taxa ocorreu principalmente pelo efeito composição, ou seja, devido ao impacto da redução de concessões de cartão rotativo em instituições financeiras com taxas mais baixas do que a média”, pondera o chefe do departamento de estatísticas.
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