Dólar tem leve queda com estímulos do BCE e dado dos EUA

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SÃO PAULO  –  A bateria de estímulos anunciada pelo Banco Central Europeu estimulou o apetite por risco e favoreceu as moedas emergentes neste pregão, entre elas o real. Como resultado, a moeda americana encerrou o pregão em queda de 0,13%, aos R$ 4,0602.

A autoridade monetária da zona do euro decidiu cortar a taxa de depósito em 0,10 ponto-base, para 0,50%, ao mesmo tempo em que anunciou a retomada do programa de compras de ativos (QE, na sigla em inglês). A partir de novembro, o BCE irá comprar 20 bilhões de euros por mês em bônus da região. O presidente Mario Draghi disse que o programa irá durar até que as perspectivas de inflação voltem a se aproximar da meta da instituição.

O anúncio gerou uma reação positiva entre os mercados que levou o dólar a tocar mínima de US$ 4,0271 no Brasil. No entanto, esse otimismo foi cedendo aos poucos, uma vez que os investidores passaram a duvidar da efetividade da medida para reanimar a região do euro.

A reação inicial dos mercados foi positiva, com o euro voltando a cair abaixo do patamar de US$ 1,10. No entanto, esse sentimento foi lentamente se invertendo, com os participantes de mercado se questionando sobre a efetividade da medida. No horário de fechamento do câmbio no Brasil, o euro operava em alta de 0,50% contra o dólar, aos US$ 1,1064.

“A questão não é mais se esses estímulos fiscais irão funcionar – eles provavelmente não irão -, mas se as autoridades fiscais irão se mostrar à altura do desafio”, nota o Société Générale, em relatório.

Apesar das preocupações com a Europa, o sinal de maior liquidez manteve em alta a procura por ativos de risco. As moedas emergentes tiveram foram bem no pregão: o dólar registrou queda de 1,54% contra a lira turca, 1,16% frente ao rublo russo e 0,42% na comparação com o peso mexicano.

Nesse sentido, o desempenho do real ficou mais uma vez para trás na comparação com os pares emergentes. Para Vitor Carvalho, sócio e gestor da LAIC-HFM Gestão de recursos, esse fato demonstra uma continuação da tendência que pode ser observada já há algum tempo e tem relação com os fundamentos do Brasil.

“É a falta de entrada de fluxo, fiscal ainda ruim e uma expectativa de queda do diferencial de juros”, resume, citando ainda a piora das expectativas a respeito da reforma tributária, entre outros assuntos.

Carvalho lembra ainda que dados positivos da economia americana voltaram a colocr no radar do investidor a possibilidade de o Federal Reserve encurtar o ciclo de cortes de juros. “Se a chance de o Fed, na próxima semana, manter juros não for desprezível, a chance do real voltar a se desvalorizar não é nada desprezível”, diz.

Segundo dados do Departamento do Comércio dos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,3% em agosto na comparação com julho. Já o núcleo do índice, que desconta itens voláteis como alimentos e energia, teve alta de 0,3%, abaixo do consenso de 0,2%.



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