Dólar sobe a R$ 4,444 após 1º caso de coronavírus no Brasil; Bolsa cai 7,5% – 26/02/2020

[ad_1]

O dólar comercial fechou em alta de 1,16% nesta quarta-feira, a R$ 4,444 na venda. Este é o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento da moeda norte-americana desde a criação do Plano Real. Por volta das 17h15, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, despencava 7,53%, a 105.117,59 pontos. As perdas eram lideradas pelas empresas de aviação Gol e Azul, que recuavam mais de 13% cada. Entre as ações mais negociadas, Vale e Petrobras caíam mais de 9%. A Bolsa fecha às 18h.

O Brasil confirmou hoje o primeiro caso de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. No mundo todo, aumentam os temores sobre os efeitos da disseminação do vírus.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Covid-19 no Brasil e no mundo

Investidores do mundo todo estão preocupados com o aumento de casos de infecção pelo novo coronavírus fora da China, onde a epidemia começou, e os impactos da doença na economia global.

Além da Itália, onde o número de mortos e contaminados subiu mais intensamente nos últimos dias, países como Áustria, Croácia e Suíça também estão registrando seus primeiros casos de contaminação, alimentando preocupações com uma pandemia. Mais cedo, o Brasil confirmou seu primeiro caso de covid-19.

“O Brasil é só mais um [país com caso confirmado]”, disse Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, à agência de notícias Reuters. “Era razoavelmente esperado que essa alta do dólar pudesse acontecer.”

Intervenção do BC no câmbio

Na tentativa de conter a alta do dólar, o BC anunciou hoje, antes da abertura do mercado local, um leilão de até 10 mil contratos de swap cambial com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020. Todos foram vendidos nesta sessão.

Amanhã, o BC também colocará à venda até 20 mil contratos de swap com vencimento em agosto, outubro e dezembro deste ano.

À Reuters, a Commcor DTVM explicou que esses leilões extraordinários são “sinalização de vigilância àqueles que tendem a se aproveitar do cenário para elevar a cotação da divisa norte-americana por aqui”.

Recorde do dólar não considera inflação

O recorde do dólar alcançado hoje considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós-Plano Real aconteceu no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor nominal na época foi de R$ 3,952, mas o valor atualizado ultrapassaria os R$ 7.

Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.

*Com Reuters

Veja mais economia de um jeito fácil de entender: @uoleconomia no Instagram.
Ouça os podcasts Mídia e Marketing, sobre propaganda e criação, e UOL Líderes, com CEOs de empresas.
Mais podcasts do UOL no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas

Entenda como funciona o câmbio do dólar

UOL Notícias



[ad_2]

Source link

Deixe seu comentário