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Após chegar a R$ 4,667 durante o pregão desta quinta-feira (5), o dólar desacelerou a alta com o terceiro leilão de swap cambial do Banco Central no dia e fechou a R$ 4,653, alta de 1,6%. O turismo está a R$ 4,84 na venda. Em algumas casas de câmbio, está sendo vendido acima de R$ 5.
O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta quinta que a cotação do dólar pode ir a R$ 5 caso “muita besteira” seja feita.
“Pode chegar a cinco? ué, se o presidente pedir para sair, se todo mundo pedir para sair. É um câmbio que flutua, se fizer muita besteira, ele pode ir para esse nível”, afirmou em evento na Fiesp.
Nesta sessão, o BC ofertou US$ 3 bilhões divididos em três leilões de 20 mil contratos de swap cambial cada um. A medida aumenta a oferta da moeda no mercado, já que o BC oferece contratos que remuneram o investidor pela variação cambial, o que ajuda a reduzir o preço do dólar.
O dólar foi ao seu 11º recorde nominal (sem contar a inflação) seguido em uma sequência de 12 altas consecutivas, a maior desde janeiro de 1999, quando o BC encerrou a política do câmbio fixo.
A alta do dólar neste ano é fruto do temor de investidores com o impacto econômico do coronavírus junto à um cenário de juros mais baixos no Brasil.
Após o corte surpresa de 0,50 ponto percentual na taxa de juros americano na terça (3), o mercado vê mais espaço para uma redução na Selic no dia 18, próxima reunião de política monetária do BC. As projeções apontam a taxa entre 3,75% e 3,5% ao final do ano. No momento, ela está a 4,25% ao ano, mínima histórica.
A pressão no real devido a juros mais baixos no Brasil, que levam o estrangeiro a tirar dólares do país, levou a moeda brasileira a ter o pior desempenho do mundo em 2020, com desvalorização de 15,6%. Desde 30 de dezembro de 2019, quando a moeda estava a R$ 4,014, o dólar ficou R$ 0,64 mais caro.
Nesta quinta, a declaração de estado de emergência na Califórnia por conta da primeira morte no estado americano pelo coronavírus elevou a tensão dos mercados acionários. Nasdaq cai 3,5% e Dow Jones, 4%. O S&P 500 recua 3,45%. Segundo a Bloomberg, o índice americano teve sua semana mais volátil desde 2011, quando a agência de classificação de risco S&P reduziu a nota de crédito dos títulos do Tesouro americano.
O Ibovespa despenca 5%, a 101.792 pontos por volta das 17h35. No Brasil, o número de casos confirmados do coronavírus subiu para oito.
As ações da Gol têm forte queda de 17,3%, a R$ 20,45. As da Azul caem 13,2%, a R$ 38,82. CVC cai 10%, a R$ 19,94. Os setores aéreo e de turismo são os mais afetados durante a epidemia do novo coronavírus.
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