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Ter um ambiente profissional onde as pessoas dialogam é o segredo do sucesso. O feedback, usado principalmente para avaliação de resultados e desempenho, pode também funcionar quando é preciso dizer ao colega que ele tem mau hálito ou mau cheiro.
“Às vezes são necessárias conversas um pouco mais delicadas e que se tornam altamente desafiadoras, como avisar que o colega tem um alface no dente, por exemplo, diz Pollini Jorio, co-fundadora da Feedback House, plataforma e metodologia de feedbacks para empresas.
A especialista lista cinco feedbacks estilo “pisando em ovos”, e como aplicá-los da maneira mais sutil e assertiva possível.
Falta de banho? Desodorante ruim? Roupas mal lavadas? Distúrbio de saúde nas glândulas sebáceas? Não importa a razão, o mau cheiro na axila incomoda, afasta as pessoas, atrapalha o ambiente, principalmente os mais sensíveis ao mau cheiro.
Em salas pequenas com ar-condicionado, por exemplo, o cheiro fica ainda pior. Nesses casos, para iniciar a conversa, não se deve partir do pressuposto de que a pessoa não se cuida. “Não é justo com qualquer ser humano deduzir que ele é desleixado. A pessoa pode estar passando por N situações. Por isso, a regra número é: empatia. Como você se sentiria sendo abordado por algum desconforto corporal que esteja acontecendo com você?”, questiona Pollini. “Sempre se imagine no lugar do outro para falar”.
Segundo ela, um jeito elegante de entregar a mensagem é chamar para conversar num café, um local mais reservado. “Olha, espero que você não se sinta constrangido, mas eu preciso conversar com você sobre um assunto delicado. Algumas pessoas estão comentando sobre o cheiro de suor….você já percebeu alguma coisa?”
Pollini indica deixar espaço para a pessoa falar e, neste momento, ela provavelmente vai se abrir se tiver algum distúrbio de saúde. Se for esse o caso, pergunte como você poderia ajudá-la. Se ela disser que nunca percebeu, então provavelmente é baixo uso de desodorante, então você deve emendar um sugestão: “Eu entendo sua situação, sei que você vem de longe e o dia começa cedo. Eu também passo por isso, quando eu corro muito de manhã chego aqui no trabalho, às vezes eu vou ao banheiro reaplicar o desodorante”, é um jeito delicado e direto, onde você já está dando a solução.
Se a pessoa ficar na reativa, será necessário ser mais direto, dizendo que por mais constrangido que você esteja ao ter que falar sobre esse assunto, é preferível isso do que ter pessoas falando dela pelas costas. Esse tipo de feedback deve ser feito pelo gestor ou por alguém muito próximo, onde exista uma relação de confiança. “É importante que quem esteja dando o feedback demonstre empatia no rosto e no tom de voz. Na impossibilidade de o gestor dar o feedback, é preciso dar a tarefa a alguém que tenha abertura e boa relação com a pessoa para poder fazer essa abordagem”.
É muito parecido com o caso acima, pode ser falta de higiene bucal, mas também um problema de saúde sério ou sazonal (relacionado a hormônios e ciclo menstrual, por exemplo).
Durante a conversa, deve-se dar uma dica para a pessoa de como amenizar isso, como por exemplo, dizendo que você sempre tem com um pacote de balas no bolso e traz escova e pasta para o trabalho.
“Não esquecer da empatia. Poderia ser você em uma fase complicada com os dentes ou com algum distúrbio estomacal. Deixe claro que sabe muito bem que é uma fase passageira, mas que prefere falar, apenas do constrangimento para ambas as partes, pois você se preocupa com ela. Fale com naturalidade e amor no coração”, explica Pollini.
Alface no dente e zíper aberto
“Tem que falar. Não existe a possibilidade de permitir que um colega, chefe ou funcionário se exponha dessa forma em todos os lugares por onde passar naquele dia. Pode ter certeza de que, ao chegar em um espelho e vir o dente com alface, a pessoa irá se sentir péssima e morrendo de vergonha”, diz Pollini.
A melhor forma de apontar o problema é com discrição e naturalidade, mostrando real preocupação: “Mário, corre no banheiro pois tem algo no seu dente. Desculpe falar assim, mas eu gostaria que fizesse o mesmo comigo se fosse o contrário. Termine com um sorriso empático e acolhedor. Isso é, de fato, ajudar essa pessoa”.
Zíper aberto é parecido, mas não fique olhando muito para a região do zíper. Em ambos os casos, o toque pode vir de qualquer um, não precisa ser o gestor direto, ressalta Pollini.
O profissional tem uma produtividade absurda, é rápido, objetivo e traz resultado. Mas, existe um viés da sua personalidade um tanto quanto exagerado, mesmo para as empresas mais descontraídas: excesso de palavrões. Alguns não ligam, já outros se incomodam. A naturalidade com que ele fala é tanta que já perdeu a vergonha até em reuniões.
“É supernecessário dar o feedback nesses casos. Não é proibir de falar, pois todo mundo fala, mas essa pessoa precisará se policiar, ou seja, encontrar formas de se perceber e de manter um certo controle”, diz Pollini.
Segundo ela, ele precisará aprender a perceber o impacto que esses palavrões têm nos outros, emendando um “me desculpe o palavrão”, caso perceba alguém incomodado. Nesse caso, uma forma elegante de entregar esse feedback é “falar que alguns clientes elogiaram o profissional na qualidade do trabalho, mas que comentaram que se sentiram um pouco constrangidos com o excesso de palavrões”, diz Pollini. Objetividade junto com empatia, nessas horas, é o mais recomendado.
Dar um feedback para o gestor é o mais amarrado de todos os feedbacks, porque tem gestor que realmente não dá abertura. E se for esse o seu caso, ensaie seu feedback. Sempre relacione seu feedback a uma tarefa do seu trabalho na qual você se sentiu desamparado em algum aspecto.
“Nunca reclame do seu chefe, tente ajudá-lo a ser um chefe melhor. Diga o que você gostaria de receber dele, o que você sente falta para que o dia a dia seja mais produtivo, e o relacionamento de vocês seja mais leve”, diz Pollini.
Feedback não é para criticar
Pollini afirma que o feedback de melhorias é o que leva para frente e faz evoluir. Por isso, o segredo é falar de entregas e não fazer críticas soltas sobre comportamentos.
“Lembre-se que um bom feedback começa com um elogio do esforço da pessoa em relação a uma meta ou atividade, seguido do que ela poderia fazer para melhorar, caso você tenha algum ponto a levantar. Se for só para reclamar, criticar e não trazer solução, nem dê o feedback”, diz Pollini.
“Se você gostaria de falar sobre algum comportamento inadequado do colaborador, chame-o para um conversa olho no olho, dizendo por que você está se sentindo incomodado”, conclui.
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