Apreensão sobre coronavírus enfraquece índices de ações brasileiras nos EUA – 25/02/2020

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(Reuters) – Índice de ações brasileiras negociados em Nova York recuavam nesta terça-feira, também afetado pela apreensão com o novo coronavírus e seus potenciais efeitos na atividade econômica global, enquanto o mercado no Brasil está fechado pelo Carnaval.

Por volta das 17:20, o iShares MSCI Brazil, fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado nos EUA, caía 1,2%, a 39,84 pontos, enquanto o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, que reúne os principais ADRs do país, perdia 2%, a 20.711,20 pontos.

Na véspera, o iShares MSCI Brazil registrou queda de 4,99% no fechamento dos negócios, enquanto o Dow Jones Brazil Titans perdeu 4,81%.

A bolsa paulista não funcionou na segunda-feira e está fechada também nesta sessão em razão do Carnaval no país, com as operações na B3 previstas para serem retomadas a partir das 13h de quarta-feira.

“Os índices estão acompanhando as bolsas internacionais com aversão global a risco e busca dos chamados portos seguros”, disse o gestor Ricardo Campos, sócio na Reach Capital.

Investidores estão focados no potencial impacto econômico do surto, uma vez que ele se espalhou para novos países, incluindo a Espanha e Alemanha.

O tom negativo no exterior se acentuou após os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) alertarem que os norte-americanos devem começar se preparar para a disseminação do vírus.

“Além da China, grande consumidora de commodities exportadas pelo Brasil, o coronavírus se espalha para outros país, com riscos reais de ameaça a toda a Europa”, citou Campos.

“A economia global deve desacelerar ainda mais nesse ano que seria o ano da retomada de um crescimento maior para o Brasil.”

Em nota a clientes, o Goldman Sachs cortou previsão de crescimento da China, a 2,5% no primeiro trimestre de 4% antes, mas espera forte retomada no segundo e terceiro trimestre, mantendo previsão de expansão de cerca de 5,5% no ano.

“Há um risco claro de um surto mais amplo ou mais prolongado e/ou que a ruptura econômica desencadeie efeitos reforçadores por meio de vínculos na cadeia de suprimentos, mercados de crédito ou especialmente no mercado de trabalho.”

(Por Paula Arend Laier, em São Paulo)

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