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O impacto da crise do coronavírus sobre o setor aéreo ganhou números concretos neste final de semana. A Air France deve colocar em lay-off (suspensão temporária de trabalho) até 80% de seus 40 mil funcionários, depois que o governo francês implantou medidas drásticas de restrição de circulação no país, no sábado.
A KLM, sócia holandesa da Air France, também planeja cortar até 2.000 vagas temporárias, que não serão renovadas e suspender um quarto de seus voos neste mês, e até 40% das viagens no próximo trimestre.
Neste domingo, o governo da Holanda suspendeu todas aulas e decretou o fechamento do comércio e de atrações turísticas como coffee shops (onde se pode comprar maconha) e casas de prostituição.
A KLM também estuda deixar em lay-off parte de seus 30 mil funcioniários.
O impacto também já provoca baixas nos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump estendeu a proibição de entrada de europeus aos cidadãos britânicos e irlandeses.
No sábado, a American Airlines anunciou que vai cortar 75% de seus voos até o começo de maio de deixar em solo seus aviões maiores, e a Delta deve interromper praticamente todos os voos para a Europa e deixar 300 aviões no solo pelos próximos 30 dias.
A United Airlines também anunciou a interrupção de voos para o Reino Unido.
A ampliação da restrição americana levou as empresas britânicas a pedirem, neste domingo, ajuda ao governo.
Segundo cálculos da consultoria britânica OAG, a medida dos Estados Unidos deve afetar 6.747 voos e quase 2 milhões de assentos nas próximas quatro semanas.
O efeito sobre as companhias aéreas europeias se intensificou nos últimos dias com novas proibições de voos e fechamentos de fronteiras.
Na Escandinávia, onde Noruega e Dinamarca se fecharam para a entrada de estrangeiros, a SAS anunciou que colocará 90% de seus funcionários em lay-off a partir desta segunda. Cerca de 10 mil trabalhadores terão seu trabalho suspenso.
A Norwegian Air Shuttle empresa de baixo custo especializada em voos intercontinentais já havia anunciado que deixaria em solo 40% de seus voos e colocaria metade da equipe em lay-off.
O fechamento total dos países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) levou à paralisação total da Air Baltic, primeira aérea a suspender toda a atividade por causa da pandemia.
Os aviões da empresa, uma das mais endividadas do setor, ficarão no solo desta terça (17) até 14 de abril.
A quarentena decretada pela Espanha no sábado também provocou uma onda de cancelamento de voos para o país. A Ryanair, que já havia cancelado todos os voos para a Polônia, suspendeu quase todas as linhas para aeroportos espanhóis, medida também tomada pela easyJet.
A Iata (organização internacional do setor) declarou na semana passada que pode haver uma onda de falências se não houver socorro às aéreas, que passam por “extrema pressão financeira e operacional”.
Desde que os primeiros casos de coronavírus surgiram na China, no final do ano passado, até 5 de março, as perdas de receita do setor já chegavam a US$ 113 bilhões (cerca de R$ 560 bilhões), segundo a Iata. O número não leva em conta as medidas drásticas anunciadas deste então pelos EUA e por outras empresas.
VEJA O IMPACTO DO CORONAVÍRUS NAS AÉREAS
AIR BALTIC
em 15.mar se tornou a primeira companhia europeia a suspender todos os voos por causa da pandemia
AIR FRANCE – KLM
Corte de até 2.000 empregos (vagas temporárias que não serão renovadas)
80% dos 40 mil funcionários serão colocados em lay-off (suspensão temporária do trabalho)
Corte de metade dos voos para a Itália
Corte de 3.600 voos no mês de março (25%) do total
Previsão de corte de 40% dos voos em abril, maio e junho
AMERICAN AIRLINES
corte de 75% dos voos internacionais
suspensão de voos de grandes aeronaves
AIR CHINA
corte de voos e licença não remunerada de pilotos
AIR LINGUS
corte dos voos para a Itália
ALITALIA
corte de voos internacionais
AZUL
corte de até 30% nos voos internacionais
suspensão da previsão de lucro
redução no crescimento de voos domésticos
suspensão de entregas de aviões
BRITISH AIRWAYS
corte de todos os voos para a Itália
não há estimativa de impacto da restrição americana, mas 30% dos voos entre Europa e EUA passam pelo Reino Unido e 26% dos passageiros que partem do país para os EUA saiu de um país da zona Schengen
CHINA EASTERN
corte de voos e licença não remunerada de pilotos
CHINA SOUTHERN
corte de voos e licença não remunerada de pilotos
DELTA AIRLINES
suspensão de todos os voos para a Europa
deixará em solo 300 aviões
corte de investimentos de US$ 500 milhões
atraso em repasse de US$ 500 milhões para fundo de pensão
congelamento de vagas e programa de demissão voluntáriria
EASYJET
corte dos voos para a Itália e para a Espanha
FLYBE
faliu
HAINAN AIRLINES (CHINA)
corte de voos e licença não remunerada de pilotos
IBERIA
corte de voos para a Italia
KOREAN AIR
corte de 80% da capacidade internacional
A direção da empresa afirma que ela pode falir se a epidemia se prolongar
LATAM
corte de voos internacionais (Europa e EUA) de 1º.abr a 30.mai
interrupção de voos entre São Paulo e Milão até meados de abril
LUFTHANSA
suspensão de 3.000 voos e redução de 50% da capacidade
corte de voos para os EUA, com exceção dos destinos Nova York, Chicago e Washington, a partir de 14 de março
NORWEGiAN AIR
corte de 40% dos voos de longa distância e 25% dos de curta distância até o final de maio
suspensão temporária (layoff) de metade dos 1.200 funcionários
QANTAS
corte de 25% dos voos internacionais
redução de salários da diretoria em 30%.
licenças não remuneradas
O principal executivo renunciou a seu salário deste ano.
RYANAIR
Corte de vôos para a Espanha
Suspensão de todos os voos para a Polônia
SAS (Escandinávia)
lay-off de 90% dos trabalhadores, corte de voos e congelamento de vagas
SWISSPORT (logística de bagagem)
corte de 40% da força de trabalhot
RYANAIR
corte dos voos para a Itália
UNITED ARILINES
suspensão da maioria dos voos internacionais
antes da restrição americana, anunciou queda de receita de até 70% em abril e maio
WIZZ AIR
corte de voos para Itália e Israel
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